Desfolhada II

Os textos que nunca tinha tido coragem de escrever...
© Reservados todos os direitos de autor dos textos e poemas

quarta-feira, junho 20, 2007

Sorriso


Tiago, quase 3 meses

Por ti inebriada estou
de vaidade
meu amor lindo
aparentemente frágil
aparentemente tão dependente

seremos sempre assim?
inseparáveis

a vida faz agora sentido
pois cada sorriso teu
é um milagre

segunda-feira, maio 14, 2007

Tiago















Depois de todo este tempo de ausência, regresso com uma foto do meu bébé Tiago, agora com 1 mês e meio de idade e lindo de morrer.

Irei "reactivar" brevemente a publicação de poemas meus e visitá-los nos vossos blogs.

Beijos com saudade,

Betty

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Meu menino


foto Anne Guedes

Calmamente entendo
que o sol está em mim todos os dias
nas carícias que te faço
nas palavras que murmuro
na felicidade indescritível
deste amor que já sinto por ti
calmamente sinto-te
meu tesouro
neste ventre-ninho protegido
onde as emoções se cruzam
a cada milésimo de segundo que passa
sinto-me
calmamente protectora
enchendo-me de encanto para receber-te
com o brotar da Primavera

por ora
o sol está em mim todos os dias
e, miraculosamente, entendo Maria


Um Feliz e Santo Natal para todos!

quinta-feira, novembro 02, 2006

A teus pés


(foto retirada da net)

O mar inunda os meus olhos
enquanto brincas solitário
as mãos acariciam a barriga
e sinto(-te)
tum tum tum
ténues pancadinhas
com os dedos dos pés
de quem quer um berço maior
tum tum tum
imagino(-te)
os dedinhos das mãos a sorrir
iluminados pelo meu amor
tum tum tum
eu sempre aqui contigo
a teus pés
pacientemente à espera
timidamente mãe

terça-feira, outubro 10, 2006

Contemplação


First Pregnancy, Holly Mãe Pendergast

Acordei
sem palavras de poeta
embriagada sem que uma gota
os lábios me tocasse

aqui, do meu ventre redondo
de vaidade este é o tempo
da abundância em que nunca me sinto só

todas as palavras
que explicam a felicidade
ficaram a contemplar-nos suspensas sobre o mar

segunda-feira, agosto 28, 2006

Regaço


the garden of Joan Miró

Todas as flores coloridas do jardim
repousam no meu regaço
aquecidas pelo brilho do sol
reflectido nos teus caracóis
que nas minhas mãos afago
tenho comigo o carinho do amanhecer
e o canto do melro
no silêncio das madrugadas
aqui respira-se o ar puro
com cheiro a frésias e jasmim
que enchem de cor e fantasia
um arco-iris de faz de conta
que alguém desenhou no céu azul
tenho comigo borboletas e violinos
neste universo novo que criámos
aqui onde as janelas têm vasos
coloco sementes de carinho e doçura
o amor é todo ele felicidade
distribuirei flores nas ruas
para que o mundo se encha
com a minha paz

sexta-feira, agosto 04, 2006

Vida nova


Betty por Dionísio da Catedral

Um brilho novo surgiu
em cada rua onde passo
assobio
uma canção de embalar
caneta, relógio, colar
tudo brilha
a vida gira, rodopia e salta
como uma dança
repousa aqui alegria
pinta-me a luz solar
do júbilo e do prazer
este ventre pequenino
que agora cresce
ventre flor, ventre mãe
ventre expressão de carinho
cobre o coração de ansiedade
há um principio de engulho
que me faz fraquejar
mas reparo que o brilho
está nos meus olhos grávidos
de vida
como o céu está de estrelas

quinta-feira, julho 27, 2006

Amores perfeitos


(retirado da net)

Tranquilos
os meus olhos
enquanto o verão permanece
guloseima de crianças
na tua boca me deito amor
mergulha em mim
como se eu fosse o mar profundo
continuamente por explorar
mergulha em mim
e canta o esplendor do amanhecer
com os rouxinóis
enquanto me detenho
extasiada
com o ramalhete de amores-perfeitos
junto aos seios descobertos

segunda-feira, julho 24, 2006

Mar vermelho


Jean Tatton Jones

A água do mar esconde
que não estou por ela molhada
guarda-me os segredos
mais profundos
dentro de ti sou
mais leve enquanto flutuo
nua abro os olhos e observo
a neblina próxima da água
como nuvem de algodão doce caseiro
esconde a proximidade dos corpos
quentes apesar de submersos
o mar quase parece vermelho
enquanto me rendo

terça-feira, julho 18, 2006

Gotas do prado


"Meadow drops", Reginald Iskandar

Deslizo em ti
gota translúcida
fresca como a chuva
miudinha de destino incerto
escondida em locais
secretos para o mundo
deslizo em terreno inculto
esconderijo dos encantados
eu e tu, tu e eu
fazemos história
ilógica ao senso comum
dos mal amados
eu e tu, tu e eu
hoje e sempre afortunados
como as gotas do prado
silenciosamente ausentes
do mundo real

segunda-feira, julho 17, 2006

Desfolhada II

Com o Desfolhada a atingir o limite de espaço, surge o Desfolhada II.
Ainda estou em actualizações.

Beijos a todos,
Betty